Solta

pertenço ao infinito,
                      deslizo
entre os meus conflitos
e continuo a voar.
Não suporto redes,
            paredes,
             dedos
que venham a me apontar.
Mesmo que tombe
   e zangada reclame,
sou eu a me recriminar
e não alguém que me abata
e conseqüentemente me lanhe
para me reter em algum lugar.
Tal qual o vento,
    não me encaixo,
         não me prendo
e gosto de me direcionar.
Sou igual ao mercúrio,
mantendo a mão aberta,
não tenho vontade de escorregar,
           mas se por descuido
              a mão se fecha,
me divido num segundo
só para escapar.
Gosto
e sei que posso 
pensar que o céu é o limite.
porque é lá que eu quero chegar..
rivkahcohen